Cultura chinesa

GASTRONOMIA



Comida Chinesa

A variedade de ingredientes e modos de confecção dos pratos fazem da cozinha chinesa uma das mais ricas do mundo.
Mais de 10 mil pratos, cerca de 20 cozinhas regionais diferentes.
Num país imenso, com grandes diferenças climáticas e paisagísticas, no qual vivem centenas de milhões de pessoas, existe uma ampla variedade de pratos, dependentes de uma infinita gama de produtos.

Embora possuam uma base comum, é possível separar a gastronomia chinesa em quatro grandes regiões:

1) A do Norte ou de Pequim (Beijing), que foi durante anos capital do Império.
2) A da região central marítima, Xangai (Shangai), onde a manipulação do peixe atinge seu maior requinte.
3) A de Sichuan (Szenchwan), no interior, doce e característica.
4) A de Cantão (Guangdong), que mistura elementos de todas. A gastronomia de Cantão é a mais conhecida, devendo a sua riqueza e diversidade a um fato histórico, a queda da dinastia Ming, em 1644, quando a emigração para o sul foi geral. Os veneráveis cozinheiros de Pequim e os seus equipamentos de cozinha, do palácio imperial, fizeram uma longa marcha. No seu percurso recolheram os grandes pratos das cozinhas dos mandarins das províncias, que assim ficaram incorporados na cozinha cantonesa.
Em Cantão, animais de criação como cachorro, gato, cobra e macaco vão para o prato. Como a culinária é arte sem fronteiras, há influências de outras cozinhas na China: tomate, batata, salsão, cenoura, curry, estrela-de-cheiro são ingredientes que chegaram do Ocidente. Para a Itália, a China levou o macarrão.

CHÁS

A tradiçao do chá na China
Quando você visita a casa de um chinês, a primeira coisa que ele oferece é um copo quentinho de chá, mesmo nos dias de calor mais sufocante.
O chá começou a tornar-se a bebida tradicional dos chineses há cerca de 4 mil anos atrás. Na dinastia Tang, o monge Lu Yu, que viveu entre 733 e 804, escreveu a obra Cha Jing (Livro do Chá) dividido em três volumes.
Na obra, o monge fala sobre o caráter, a forma e a qualidade do chá, sua colheita, processo de elaboração, o método de preparação da bebida, assim como os utensílios para bebê-lo.
Depois da obra de Lu Yu, apareceram na China mais de uma centena de livros exclusivamente dedicados ao chá.
Para festejar a abertura Canal do Panamá, aconteceu, em 1915, na cidade do Panamá, a feira internacional do chá.
A quatro tipos de chá enviados pela China foram outorgadas medalhas de ouro. Assim, o chá chinês tornou-se famoso em todo o mundo.
Um dos premiados era o Chá Verde do Macaco. O curioso nome é ligado à Montanha Fênix, rodeada por três aldeias, na Província de Anhui, no Leste da China.
A montanha é tão íngreme que nenhum homem conseguia subir e só se viam macacos nela. Os aldeões sentiam um aroma encantador que chegavam com o vento, mas não sabiam o que era. Com o tempo, eles perceberam o cheiro das plantas de chá que cresciam no topo da Fênix.
Então, os aldeões mais inteligentes passaram a treinar os macacos, ensinando-lhes a colher a erva. Na Primavera, estação propícia à colheita, os macacos adestrados, com cestos ou bolsas, subiam com ligeireza a montanha, e voltavam às aldeias com cestos ou bolsas cheias de folhas tenras de chá.
Tomar chá é também um costume da cerimônia de noivado e na mediação de litígios entre vizinhos. E, pelo seu valor comercial, o chá foi moeda de ligação, contribuindo para o intercâmbio entre a China e utros países.
O objetivo é apreciar detalhes como fragrância,, cor e sabores.

AGRICULTURA


A alma da cozinha chinesa repousa na agricultura. Um chinês nunca está longe da terra, já que a fome e o trabalho duro fazem parte de sua cultura desde os tempos mais remotos.
Ao lado do arroz, cultiva-se o trigo, que no norte do país vira finos macarrões, pastéis recheados, bolos e tortinhas.

O grão de soja é outra maravilha. Consumido em toda parte, ganha a forma de queijo (o tofu, em japonês), leite, óleo, molho de soja (see yau), pasta e entra como ingrediente principal de muitas receitas.

Os vegetais são poucos, mas muito bem aproveitados, nunca ausentes em uma refeição: acelga, brócolis, abobrinha e repolho chinês, broto de bambu, broto de feijão, pepino e cogumelos secos.

Há pouquíssima variedade de frutas, que são, além do mais, caras.

As frutas nativas são: laranja kinkan e lichia, loquat, mandarina, pêssego, kiwi, tangerina, damasco e melão de inverno.